
Tamanho:425 MB
Download pelo Mega
Leitura Recomendada:
Olga
Benário nasceu em uma família judia em Munique na Alemanha no dia 12 de
fevereiro de 1908. Seu pai Leo Benário era um advogado social democrata
e sua mãe Eugénie era uma dama da alta sociedade que não apoiava as
idéias revolucionárias da filha. Em 1923, aos 15 anos, Olga entrou para o
partido comunista. Em 1926 foi presa por traição e libertada poucas
semanas depois. Em 1928 liderou uma missão no Tribunal de Justiça para
libertar seu companheiro Otto Braun, comunista e revolucionário que
havia sido sentenciado à prisão de Berlin-Moabit. Em 1934 Olga foi
designada para uma missão cujo objetivo era levar em segurança ao Brasil
o líder comunista Luís Carlos Prestes. Ambos deveriam se passar por
marido e mulher para ajudar no disfarce. Durante a viagem Olga e Prestes
se apaixonaram. Devido a influência comunista de Prestes, e da
popularidade proveniente da Coluna Prestes, Getúlio Vargas, durante o
governo provisório, desenvolveu uma lei de segurança que permitia
prender todos aqueles que se opusessem ao governo. Prestes liderou a
Aliança Nacional Libertadora acreditando que, tal como a Coluna Prestes,
militares, tenentes e comunistas o apoiariam em uma frente política
revolucionária comunista, de caráter antifascista e anti-imperialista. O
movimento de Prestes se colocava em oposição ao integralismo e a
filosofia fascista do governo Vargas, e pretendia a revolução com o
apoio da URSS. Este movimento ficou conhecido como Intentona Comunista.
Com o fracasso da revolução, Olga e Prestes foram presos e separados.
Grávida de Prestes, Olga travou uma batalha contra o governo para ter
sua filha no Brasil e não ser deportada para Alemanha nazista, devido ao
fato de ser judia. Como uma vingança pessoal de Vargas e Filinto Müller
contra Prestes, Olga foi deportada para a Alemanha. Na madrugada de 27
de novembro de 1936, nasceu Anita Leocádia, a filha de Olga e Prestes.
Leocádia, mãe de Prestes, fazia uma grande campanha na Europa pela
liberdade de Prestes, Olga e Anita. Devido a esta campanha em favor dos
direitos humanos, Olga pode ficar com a filha até não poder mais
amamentá-la. Quando Anita completou 14 meses foi retirada de Olga, e a
avó obteve a guarda da neta. Porém, Olga inicialmente acreditava que
Anita poderia ter sido levada pelos nazistas, e só ficou sabendo tempos
depois que Anita estava a salvo. Em 1938 Olga foi levada para o campo de
concentração de Lichtenburg, e em 1939 para Ravensbrück, o único campo
feminino. Em fevereiro de 1942, Olga foi executada na câmara de gás com
mais de 200 prisioneiros no campo de Bernburg.
TEXTO ESCRITO PELO ALUNO GUSTAVO MEDIROS T905 CPII/USCII
Nenhum comentário:
Postar um comentário